quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ideologia: alienação e fetichismo


Antes de mais será importante esclarecer-se o conceito de alienação e de fetichismo de forma sucinta. Alienação é a fractura entre a natureza (valor de uso) e a cultura ( valor de troca). O Homem situa-se assim entre a cultura e a natureza. Este quando entrou na cultura alienou-se a si mesmo e de vez em quando ameaça a existência física do ser humano. a passagem da natureza para a cultura faz-se de um modo imemorial, não temos memória quando isso acontece. Par Marx, a cultura denomina-se de superstrutura e a natureza infraestrutura sendo que o homem se situa entre eles. a infraestrutura compreende o campo da vida política, espiritual e cultural. o trabalho, a praxis, transforma a natureza em cultura, ou seja o valor de uso em valor de troca.

Qualquer objecto que passa a ter valor de troca chama-se mercadoria. Também as relações sociais tornam-se mercadoria. E nós vemo-las como se fosse natural. A nossa consciência, a nossa visão da sociedade e das “coisas” está de tal forma distorcida que não nos apercebemos da visão da sociedade e da opressão a que estamos a ser sujeitos constantemente.

A Fetichização da mercadoria surge assim por uma inversão, pois o homem deveria controlar o que produz e não ser comandado pelo que produziu.

Tendo em conta estes parâmetros, será que não idealizamos viver nestes apartamentos? (imagem acima, Parque das Nações)

Ideologia: alienação e fetichismo

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pedaços de um não existente


Tudo quanto digo: eu sou, agora fui, são réplicas de um ser inexistente e ao mesmo tempo inesgotável que anseia pela morte daquilo que outrora havia sido importante.
Agora "o que há em mim é sobretudo cansaço" e vivo na incerteza de que um dia essa árvore que um dia me escutou volte a olhar me e dizer ainda bem, estás aqui